Janeiro de 2016. O ano começa e com ele sempre traz um monte de expectativa. A gente cresce acreditando nisso. E parece que aquela simples noite que separa a gente do dia primeiro de janeiro vai realmente trazer um monte de transformações e coisas boas pra vida.
Meu ano começou mal. Meu filhote Boris estava internado. Primeira vez em 13 anos que não passávamos a virada de ano juntos. Foi triste demais. Aí, ele voltou pra casa por poucos dias e acabou sendo internado de novo. Pela primeira vez em 13 anos ele não passou meu aniversário comigo. Mais triste.
Mas aí ele se recuperou e pode voltar para casa. E todo dia é um tal de medicar, conferir caixa de areia, temperatura, alimentação. Hoje, último dia do mês, ele acordou doidão e correu muito pela casa, brincou comigo, derrapou no chão, correu mais ate cansar. A vitória do mês!
Janeiro também é o ano em que eu tento começar minhas leituras. Tento, e nem sempre dá. Atolada pelo mestrado nos últimos tempos, tive dificuldades para cumprir minha rotina de leituras avulsas. Avulsas porque não tinham nada a ver com o que estudo no mestrado.
Claro que ao longo do mestrado eu me desviei e fui ler outras coisas, como no ano passado quando de saco cheio de tudo li todos os livros de Guerra dos Tronos. E li outras coisas mais. E depois desesperava pra escrever e ler o que era preciso pra Academia.
Esse ano resolvi ler Silêncio dos Inocentes, depois Hannibal, depois, 12 anos de escravidão. Livros que tem filmes. Filmes que eu já tinha visto. Nos dois primeiros precisei rever o filme depois de ler o livro. Não acreditei em como pareceram tão bons quando os vi pela primeira vez. Dessa vez foi triste de ver. Agora 12 anos foi triste de ler. O filme – e acho que é a primeira que penso assim sobre um livro – é infinitamente superior ao livro. Findo esses três, hoje resolvi iniciar a leitura de “o pântano das borboletas”. Vamos ver.
Em janeiro eu também precisei dar cabo do mestrado. O prazo ta vencendo e eu tinha que terminar meu texto. Corri, reli, reescrevi, pedi ajuda a amigos e finalmente o texto ficou pronto e foi entregue semana passada. Um alívio e tanto. Uma parte importante foi terminada. Fica só a banca pra me estressar.
E neste janeiro fez também um ano que me mudei. Um ano que tentei transformar uma casinha branca em meu lar, enchendo paredes com recortes, fotos, desenhos. Colocando gatinhos pelos cantos, enchendo de coisas cada quadrado pra ver essa casa como meu lar e das crianças: meus 6 filhotes peludos.
Este mês também vai ficar marcado como o mês em que passamos dias sem água, aqui na cidade. Choveu bem, sim. Aliás, água sobrou. O que faltou foi competência dos órgãos públicos e da empresa que administra os recursos hídricos. Carregar balde de água, comprar água. Teve tudo isso em janeiro de 2016.
Foi um mês cheio, tenso, com muita leitura, muita conversa, muita discussão e muito trabalho. Mas teve também a minha festa de aniversário com as amigas e teve festa virtual, claro. Teve presentinho, teve agrados da mamãe, teve música.
E por falar em música, janeiro tem sido também o mês de muito estresse com meus vizinhos que cismam em ouvir música para o bairro todo, me enlouquecendo quando eu só quero deitar e ler.
É, parece que o ano promete…